quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ela tem um desejo de mulher. Desejo de quê? Mas do Todo, do Grande Todo Universal.

(…)

A este desejo imenso, profundo, vasto como o mar, ela sucumbe, e deixa-se nele adormecer. Neste momento, sem lembranças, sem ódios nem pensamentos de vingança, inocente apesar de tudo, ela adormece na planície, confiante e entregue tal como a ovelha ou a pomba, descontraída e aberta, e se ouso dizer, apaixonada.

Ela dormiu e sonhou…o mais belo sonho. E como dizê-lo? É que o monstro maravilhoso da vida universal, estava nela contido; e para lá da vida e da morte, tudo se mantinha no seu ventre e  ao fim de tantas dores ela deu à Luz a Natureza” *



in AS FEITICEIRAS - J. Michelet

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