sábado, 13 de novembro de 2010
Para Pipoca e Marley
Felizes os que não amam os animais.
Esses não sofrem quando eles adoecem, quando somem, quando envelhecem, quando partem.
Infelizes os que não amam os animais. Nunca experimentaram um olhar de amor e gratidão puro, sem interesse de espécie alguma.
Para os animais não precisamos ser belos, nem nos vestirmos bem, nem falar coisas inteligentes, nem dar bons presentes.
Basta nosso afeto, um pouquinho de atenção. Basta voltarmos para casa.
Felizes os que receberam esse olhar puro, de amor e admiração, nem que seja uma única vez na vida...
Felizes os que amam os animais. Infelizes os que não os amam.
Porque hoje é sábado
Música antiga....letra tão bonita....
Sob o Efeito de Um Olhar
Hoje eu quero a companhia preciosa do amor
O velho amor
Roupa leve e colorida como a aura do amor
Um novo amor
A atmosfera limpa como a essência do amor
O puro amor
E um por de sol dourado que eu conheço quando estou....apaixonado
O universo vai se abrir, sob o efeito de um olhar
Em cada espuma que morreu na areia
Em cada estrela alva que nasceu
Em cada ave que voou
No céu a lua, especialmente pra nós
A noite feita pra sonhar
Sentindo o vento nos acariciar
No céu a lua, especialmente pra nós
A noite feita pra sonhar
Sentindo o vento nos acariciar
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Silene
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Sem amarras
Cansei de ser politicamente correta!
Hoje eu vou tirar férias de mim. Não esperem que eu cumpra regras.
Vou beber todas. Fumar todos. Dançar até cansar.
E quero ver o dia nascer na praia e mergulhar no mar com meu vestido novo.
E sair pingando pelas ruas, pelas praças.
Tomar café num pé sujo.
Entrar descalça no meu prédio pela porta social.
Cair na cama sem banho, nem camisola.
Quando acordar eu volto pra mim.
Hoje, só hoje...
Hoje eu vou tirar férias de mim. Não esperem que eu cumpra regras.
Vou beber todas. Fumar todos. Dançar até cansar.
E quero ver o dia nascer na praia e mergulhar no mar com meu vestido novo.
E sair pingando pelas ruas, pelas praças.
Tomar café num pé sujo.
Entrar descalça no meu prédio pela porta social.
Cair na cama sem banho, nem camisola.
Quando acordar eu volto pra mim.
Hoje, só hoje...
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Sobre mulheres....
De manhã cedo, essa senhora se conforma
Bota a mesa, tira o pó, lava a roupa, seca os olhos
Ah. como essa santa não se esquece de pedir pelas mulheres
Pelos filhos, pelo pão
Depois sorri, meio sem graça
E abraça aquele homem, aquele mundo
Que a faz, assim, feliz
De tardezinha, essa menina se namora
Se enfeita, se decora, sabe tudo, não faz mal
Ah, como essa coisa é tão bonita
Ser cantora, ser artista
Isso tudo é muito bom
E chora tanto de prazer e de agonia
De algum dia, qualquer dia
Entender de ser feliz
De madrugada, essa mulher faz tanto estrago
Tira a roupa, faz a cama, vira a mesa, seca o bar
Ah, como essa louca se esquece
Quantos homens enlouquece
Nessa boca, nesse chão
Depois, parece que acha graça
E agradece ao destino aquilo tudo
Que a faz tão infeliz
Essa menina, essa mulher, essa senhora
Em que esbarro toda hora
No espelho casual
É feita de sombra e tanta luz
De tanta lama e tanta cruz
Que acha tudo natural.
domingo, 7 de novembro de 2010
Lua Negra
A Noite da Lua Negra
Existe uma única noite a cada mês em que a lua fica totalmente escura, é a noite da Lua Negra.
Nessa noite feiticeiros de todo o mundo sabem do poder que paira no ar e poucos lançam sortilégios.
Magias de banimento para o que não se quer mais na vida, rituais para desfazer malefícios recebidos de alguém, feitiços poderosos para obter algo que se deseja.
Stella Maris sabe disso. Diante de seu altar traça o círculo de proteção, faz as invocações e começa a manipular os objetos de poder.
A força desse dia pode ser sentida de uma maneira quase palpável durante o ritual e o tênue véu que separa esse mundo do mundo mágico se esgarça, interpenetrando um no outro.
É preciso ter certeza daquilo que se quer, já que dificilmente poderá ser desfeito o que for conjurado na noite da Lua Negra.
Com firmeza de propósito Stella acende as velas e traça o símbolo sobre o altar. Nesse instante um vento mais forte e gelado sopra pela janela e ela, apesar de acostumada com essas manifestações, sente um sobressalto e se arrepia. O ambiente muda de uma forma que não dá para explicar com palavras. Parece que uma energia multicor se espalha pelo quarto e a envolve também. Nunca havia sentido isso antes, chega mesmo a ser assustador. Mesmo assim realiza o ritual até o fim , cercada por uma atmosfera de pura magia.
Desfaz o círculo, faz os agradecimentos, tira as vestes ritualísticas e sai.
Desfaz o círculo, faz os agradecimentos, tira as vestes ritualísticas e sai.
Na varanda de casa a brisa é suave, o que torna ainda mais estranho a rufada de vento durante o feitiço.
Senta-se olhando as estrelas, sentindo uma calma profunda. Pressente a realização de seu desejo.
Em mais uma vida é a sacerdotisa da Deusa. Mais uma vez atendeu a seu chamado, apesar de saber que todos têm o direito de recusá-lo, se assim o desejar, mas não ela, que sempre sentiu que seria esse seu destino.
Desde criança transita entre esses dois mundos paralelos. A princípio pensava que era normal, que todos podiam ver e conversar com a alma das flores, com o gênio do vento, com os guardiões dos elementos. Com o tempo foi descobrindo que não era bem assim, que na verdade muito poucos possuíam seu dom e que ao falar sobre isso era ridicularizada, tida como louca. Foi se fechando, se resguardando e passou a conversar apenas com os irmãos que também seguem o culto à Grande Mãe, que felizmente agora já são em grande número. Com as outras pessoas ditas comuns mantém apenas uma relação cordial, sem grande intimidade.
Apesar de pairar uma aura mística , sobrenatural, algumas vêzes até mesmo macabra sobre os que seguem seu culto, na verdade a maioria só se protege contra as maledicências e incompreensões, evitando a exposição social. Daí a fama de reclusos ou estranhos.
Stella Maris respira o ar puro da noite e vai dormir com absoluta convicção que, amanhã, receberá o que pediu. Além de conhecer o poder da Lua Negra, ela também sabe que é dessa certeza que se compõe a matéria primordial para qualquer magia.
Apesar de pairar uma aura mística , sobrenatural, algumas vêzes até mesmo macabra sobre os que seguem seu culto, na verdade a maioria só se protege contra as maledicências e incompreensões, evitando a exposição social. Daí a fama de reclusos ou estranhos.
Stella Maris respira o ar puro da noite e vai dormir com absoluta convicção que, amanhã, receberá o que pediu. Além de conhecer o poder da Lua Negra, ela também sabe que é dessa certeza que se compõe a matéria primordial para qualquer magia.
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