sábado, 18 de junho de 2011

Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, eu te amo...

Cora Coralina

sexta-feira, 17 de junho de 2011

"Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola. E refaço. Porque a força de dentro é maior."

Caio F.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Entre nós... Existe um olhar que ninguém vê... Uma voz que ninguém ouve... Uma paixão que ninguém percebe... Algo que só tu e eu sentimos...
(a.d.)

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Eclipse

Quem és tu que assim vens pela noite adiante,
pisando o luar branco dos caminhos,
sob o rumor das folhas inspiradas?
a tua perfeição nasce do eco dos teus passos,
e a tua presença acorda a plenitude
a que as coisas tinham sido destinadas.
A historia da noite é o gesto dos teus braços,
o ardor do vento a tua juventude,
e o teu andar é a beleza das estradas.

(Sophia de Mello Breyner Andresen)

terça-feira, 14 de junho de 2011

Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele. É me sentir confortável, mesmo acessando, vez ou outra, lugares da memória que eu adoraria que fossem inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, padrões que eu ainda não soube transformar, embora continue me empenhando para conseguir.

(Ana Jácomo)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

‎"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."
F.Pessoa
...eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.

(Pablo Neruda)

domingo, 12 de junho de 2011

A sua Arte, Senhora, veio à luz.
Quem poderá escapar de seu poder?