sábado, 11 de fevereiro de 2012

O eu te amo foi sus-urrado para nao assustar. Mas o olhar pronunciou a frase toda em voz maiúscula.

Marla de Queiroz

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O AMOR ESTÁ POR TODA PARTE NA NATUREZA, QUE NOS CONVIDA A EXERCITAR NOSSA INTELIGÊNCIA; É ENCONTRADO ATÉ NOS MOVIMENTOS DOS ASTROS. É O AMOR QUE ORNA A NATUREZA DE SEUS RICOS TAPETES; ELE SE ENFEITA E FIXA SUA MORADA LÁ ONDE ENCONTRA FLORES E PERFUMES. É AINDA O AMOR QUE DÁ A PAZ AOS HOMENS, A CALMA AO MAR, O SILÊNCIO AOS VENTOS E O SONO À DOR." (Platão)

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Marla de Queiroz
Investir no sossego do próprio coração é algo tão complexo por causa da sua simplicidade. Porque ser simples é uma das coisas que mais dificulta a nossa vida. Investir no sossego do próprio coração é não abrir uma brecha, que poderá virar uma represa, para alguém que não está disponível afetivamente. É prestar atenção nos sinais e indícios que a pessoa dá, logo nos primeiros encontros, do tamanho do sofrimento ou da alegria que ela poderá lhe proporcionar. É saber-se só em quaisquer situações, mesmo acompanhado, pois as consequências de nossas escolhas são absolutamente nossas.

Investir no sossego do nosso próprio coração é saber que aquilo que está doendo deverá ser extirpado e não manter apego ao sofrimento, por mais que o uso do bisturi cause quase a mesma dor. É proporcionar-se bons momentos divorciando-se de tantos lamentos. É não adiar sofrimento postergando decisões tão necessárias. É não se acomodar com a falta de excitação pelas coisas, pessoas, trabalho. É saber-se merecedor de experienciar um amor inteiro, intenso, extenso, imenso, verdadeiro... Recíproco! É aumentar, um pouquinho a cada dia, o seu tamanho. É ter a certeza e a confiança de que as coisas têm um encaixe, mas que é preciso deixar ir, ou ir ao encontro, ou conformar-se com o desencontro, ou esquecer, ou lembrar-se de outras coisas, ou relacionar-se de outra forma.

Investe no sossego do próprio coração quem não rumina o que machuca, quem não fica descascando a ferida impedindo que a mesma cicatrize, quem não se disponibiliza de maneira subserviente e em tempo integral ao ponto de ser desvalorizado ou descartável, quem não aceita menos do que merece: coisas pela metade. Investe no sossego do próprio coração quem sofre, grita, chora, mas cresce! Quem não se repete, quem se surpreende consigo mesmo, quem trabalha o desapego, quem se abre para as coisas que possuem mais calor e sensibilidade.

Investir no sossego do próprio coração é coisa que não vem com a idade, mas com a ideia de que se pode vivenciar um momento de paz e repouso, é desocupar o peito para abrir espaço para o novo, é entregar-se ao desconhecido com inocência e totalidade, é não ter medo de pronunciar verdades, é ser honesto consigo, com o outro.

Investe no sossego do próprio coração quem não se contenta com pouco.
Caio Fernando Abreu
‎"O meu dia só existe porque você existe dentro dele.
Porque se você não vem é como se o tempo fosse passado em branco, como se as coisas não chegassem a se cumprir porque você não soube delas.
E se você vem, fica tudo maior, mais amplo, sei lá, mas é como se eu existisse de um jeito mais completo."

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Não me pergunte o que faço da vida
Porque não sei
Não me pergunte a razão porque vivo
Também não sei
Não me pergunte se chove lá fora
Porque não sei
Não me pergunte se o vento está forte
Porque não sei.
Eu só sei gosto dela
Ela é a paz que nasceu pra mim.
Não sei se o sol está quente
Pra secar seu corpo agora
Não sei se me tranco por dentro
Ou se vou me esconder lá fora {bis.
Não sei do certo por isso
Não posso errar agora
Não fiz o mundo mas tenho
O direito de amar, é hora.

WANDO

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

De mãos dadas
atravessaremos esses becos,
avenidas e estradas
à procura de uma trilha
(sonora)
que nos leve a um canto
(afinado)

Marla de Queiroz

domingo, 5 de fevereiro de 2012

“Este querer-te bem sem me quereres,
Este sofrer por ti constantemente,
Andar atrás de ti sem tu me veres
Faria piedade a toda a gente.

Mesmo a beijar-me a tua boca mente…
Quantos sangrentos beijos de mulheres
Pousa na minha a tua boca ardente,
E quanto engano nos seus vãos dizeres!…

Mas que me importa a mim que me não queiras,
Se esta pena, esta dor, estas canseiras,
Este mísero pungir, árduo e profundo,

Do teu frio desamor, dos teus desdéns,
É, na vida, o mais alto dos meus bens?
É tudo quanto eu tenho neste mundo?”


“A Mensageira das Violetas” – Florbela Espanca