sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
domingo, 26 de dezembro de 2010
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Versos
...vou dar-te um tempo novo
no horizonte que eu possuo
para livrar-te dos tempos
em que ainda não me tinhas,
das longas febres de março...
(B.L)
no horizonte que eu possuo
para livrar-te dos tempos
em que ainda não me tinhas,
das longas febres de março...
(B.L)
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Poesia...
Caso
Pode ser mais um capricho
pode ser uma paixão
pode ser coisa de bicho
pode não.
Pode ser já por destino
pelos astros, pelos signos
por uma marca, uma estrela
talvez já estivesse escrito
na palma da minha mão.
Talvez não...
Talvez até nem fique
nem signifique nada
nem me arranhe o coração
pode ser só uma cisma
pode estar só de passagem
Ou não.
Bruna Lombardi
domingo, 19 de dezembro de 2010
sábado, 18 de dezembro de 2010
Versos
Sedução
Dentro de mim mora o animal
indômito e selvagem
que talvez te faça mal
talvez uma faísca
relâmpago no olhar
depressa como um susto
me desmascare o rosto
e de repente deixe exposto
o meu pior
em mim germina
uma força perigosa
que contamina
uma paixão vulgar
que corta o ar e que
nenhum poder domina
explode em mim
uma liberdade que te fascina
sopro de vida
brilho que se descortina
luz que cintila, lantejoula
purpurina
fugaz como um desejo
talvez te mate
talvez te salve
o veneno do meu beijo.
Bruna Lombardi
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Lilith
Deusa que representa a rebeldia da mulher contra o domínio masculino. Na Suméria ligada à guerra e ao prazer sexual. Na cultura hebraica tida como a primeira mulher de
Adão que, por não submeter-se a ele, foi expulsa do paraíso.
Esquecida e renegada durante muito tempo, com o início da luta pela igualdade da mulher seu mito foi resgatado.
Na astrologia Lilith é a Lua negra, ponto do mapa que revela o lado “sombra”, pontos obscuros de nossa personalidade, egoísmo, situações em que podemos ser levados a trair ou sermos traídos, onde podemos cair em tentações, frustrações e até mesmo onde podemos ter problemas físicos, geralmente ligados à área sexual , reprodutiva.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Versos
E quero dar-te sereno
um amor de tão loucura
grande, impossível, rasgado
molhado de tanta ardência
amor de ficar doendo
de tudo que é marca e jeito
desses que se carregue
pra sempre na carne e no peito.
(B. Lombardi)
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Textos...
Sigo a vida conforme o roteiro, sou quase normal por fora, pra ninguém desconfiar. Mas por dentro eu deliro e questiono. Não quero uma vida pequena, um amor pequeno, uma alegria que caiba dentro da bolsa. Eu quero mais que isso. Quero o que não vejo. Quero o que não entendo. Quero muito e quero sem fim. Não cresci pra viver mais ou menos, nasci com dois pares de asas, vou aonde eu me levar. Por isso, não me venha com superfícies, nada raso me satisfaz. Eu quero é o mergulho. Entrar de roupa e tudo no infinito que é a vida. E rezar – se ainda acreditar – pra sair ainda bem melhor do outro lado de lá.
Fernanda Mello
domingo, 12 de dezembro de 2010
Mulheres que andam com os lobos
Uma mulher saudável assemelha-se muito a um lobo... robusta, plena, com grande força vital, que dá a vida, que tem consciência do seu território, engenhosa, leal, que gosta de perambular.
Entretanto, a separação da natureza selvagem faz com que a personalidade da mulher se torne mesquinha, parca, fantasmagórica, espectral.
Não fomos feitas para ser franzinas, de cabelos frágeis, incapazes de saltar, de perseguir, de parir, de criar uma vida.
Quando as vidas das mulheres estão em estase, tédio, já está na hora de a mulher selvática aflorar. Chegou a hora de a função criadora da psique fertilizar a aridez.
A Mulher Selvagem carrega consigo os elementos para a cura; traz tudo o que a mulher precisa ser e saber. Ela dispõe do remédio para todos os males. Ela carrega histórias e sonhos, palavras e canções, signos e símbolos.
Ela é tanto o veículo quanto o destino...
Aproximar-se da natureza instintiva não significa desestruturar-se, mudar tudo da esquerda para a direita, do preto para o branco, passar o oeste para o leste, agir como louca ou descontrolada. Não significa perder as socializações básicas ou tornar-se menos humana.
Significa exatamente o oposto. A natureza selvagem possui uma vasta integridade...
Ela implica delimitar territórios, encontrar nossa matilha, ocupar nosso corpo com segurança e orgulho
independentemente dos dons e das limitações desse corpo, falar e agir em defesa própria, estar consciente, alerta, recorrer aos poderes da intuição e do pressentimento inatos às mulheres, adequar-se aos próprios ciclos, descobrir aquilo a que pertencemos, despertar com dignidade e manter o máximo de consciência possível.
Onde vive a Mulher Selvagem?
No fundo do poço, nas nascentes, no éter do início dos tempos...
Ela está na lágrima e no oceano. Está no câmbio das árvores, que zune à medida que cresce...
Ela vem do futuro e do início dos tempos...
Vive no passado e é evocada por nós...
Vive no presente e tem um lugar à nossa mesa, fica atrás de nós numa fila e segue à nossa frente quando dirigimos na estrada.
Ela vive no futuro e volta no tempo para nos encontrar agora.
Ela vive no verde que surge através da neve... nos caules farfalhantes do milho seco do outono... ali onde os mortos vêm ser beijados e para onde os vivos dirigem suas preces.
Ela vive no lugar onde é criada a linguagem...
Ela vive da poesia, da percussão e do canto...
Vive de semínimas e apojaturas, numa cantata, numa sextina e nos blues...
Ela é o momento imediatamente anterior àquele em que somos tomadas pela inspiração...
Ela vive num local distante que abre caminho até o nosso mundo.
As pessoas podem pedir evidências, uma comprovação da existência da Mulher Selvagem.
No fundo, estão pedindo provas da existência da psique...
Já que somos a psique, somos também a prova. Cada uma e todas nós comprovamos não só a existência da Mulher Selvagem, mas também a sua condição em termos coletivos. Somos a prova do inefável numen feminino...
Entretanto, a separação da natureza selvagem faz com que a personalidade da mulher se torne mesquinha, parca, fantasmagórica, espectral.
Não fomos feitas para ser franzinas, de cabelos frágeis, incapazes de saltar, de perseguir, de parir, de criar uma vida.
Quando as vidas das mulheres estão em estase, tédio, já está na hora de a mulher selvática aflorar. Chegou a hora de a função criadora da psique fertilizar a aridez.
A Mulher Selvagem carrega consigo os elementos para a cura; traz tudo o que a mulher precisa ser e saber. Ela dispõe do remédio para todos os males. Ela carrega histórias e sonhos, palavras e canções, signos e símbolos.
Ela é tanto o veículo quanto o destino...
Aproximar-se da natureza instintiva não significa desestruturar-se, mudar tudo da esquerda para a direita, do preto para o branco, passar o oeste para o leste, agir como louca ou descontrolada. Não significa perder as socializações básicas ou tornar-se menos humana.
Significa exatamente o oposto. A natureza selvagem possui uma vasta integridade...
Ela implica delimitar territórios, encontrar nossa matilha, ocupar nosso corpo com segurança e orgulho
independentemente dos dons e das limitações desse corpo, falar e agir em defesa própria, estar consciente, alerta, recorrer aos poderes da intuição e do pressentimento inatos às mulheres, adequar-se aos próprios ciclos, descobrir aquilo a que pertencemos, despertar com dignidade e manter o máximo de consciência possível.
Onde vive a Mulher Selvagem?
No fundo do poço, nas nascentes, no éter do início dos tempos...
Ela está na lágrima e no oceano. Está no câmbio das árvores, que zune à medida que cresce...
Ela vem do futuro e do início dos tempos...
Vive no passado e é evocada por nós...
Vive no presente e tem um lugar à nossa mesa, fica atrás de nós numa fila e segue à nossa frente quando dirigimos na estrada.
Ela vive no futuro e volta no tempo para nos encontrar agora.
Ela vive no verde que surge através da neve... nos caules farfalhantes do milho seco do outono... ali onde os mortos vêm ser beijados e para onde os vivos dirigem suas preces.
Ela vive no lugar onde é criada a linguagem...
Ela vive da poesia, da percussão e do canto...
Vive de semínimas e apojaturas, numa cantata, numa sextina e nos blues...
Ela é o momento imediatamente anterior àquele em que somos tomadas pela inspiração...
Ela vive num local distante que abre caminho até o nosso mundo.
As pessoas podem pedir evidências, uma comprovação da existência da Mulher Selvagem.
No fundo, estão pedindo provas da existência da psique...
Já que somos a psique, somos também a prova. Cada uma e todas nós comprovamos não só a existência da Mulher Selvagem, mas também a sua condição em termos coletivos. Somos a prova do inefável numen feminino...
Clarissa Pinkola Estés
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Palavras/poemas
Palavras comportam pessoas, paisagens, todas as formas de amor, silêncios.
Palavras cometem bilhetes, sonetos, cartas,contratos.
Palavras confortam, instigam, preenchem.
Palavras também se ausentam, entendem vazios.
Palavras constroem histórias, imagens, conceitos.
Palavras aceitam tudo, palavras não têm preconceito.Marla de Queiroz
Palavras cometem bilhetes, sonetos, cartas,contratos.
Palavras confortam, instigam, preenchem.
Palavras também se ausentam, entendem vazios.
Palavras constroem histórias, imagens, conceitos.
Palavras aceitam tudo, palavras não têm preconceito.Marla de Queiroz
Hécate
Ligada aos caminhos, à lua minguante e negra, aos partos, à morte, à magia.
Apesar de pouco citada nos livros de mitologia, seu culto é muito antigo, provavelmente anterior a Zeus, mas
com a chegada da religião patriarcal passaram a associá-la ao mal e as trevas.
Seu mito fala que é ela a condutora das almas, recolhendo-as na terra e encaminhando no mundo dos mortos.
Deusa respeitada e temida. Rainha da noite.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Selene
Deusa grega da Lua representa todas as suas fases. Diz-se ter ela uma pele extremamente branca, passear pelo céu numa carruagem de prata, mergulhando no mar no final da noite.
Seu mito conta que se apaixonou por um mortal, o pastor Endymion, e não suportando a idéia de que ele envelheceria e morreria, pediu a Zeus que o mantivesse em um sono eterno, conservando dessa forma sua aparência.
Seu mito conta que se apaixonou por um mortal, o pastor Endymion, e não suportando a idéia de que ele envelheceria e morreria, pediu a Zeus que o mantivesse em um sono eterno, conservando dessa forma sua aparência.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Diário
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Ártemis
Ártemis, deusa grega ligada aos animais possui uma imagem lunar arisca e selvagem.
Seu mito conta que pediu a Zeus, seu pai, que a livrasse da obrigação de casar, já que não suportaria viver subjugada.
Sua imagem está ligada aos dois lados da natureza feminina : a que protege e concebe e a vingativa, que destrói. Irmã gêmea de Apolo, este representando o sol e ela a lua,
dizem correr livre pelas matas e bosques, cercada de ninfas e animais selvagens.
Também conhecida pelo nome de Diana, está associada às outras deusas lunares, Hécate e Selene formando um tipo de trindade lunar ou as três faces da Deusa.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Mulheres que andam com os lobos
Era uma vez uma mulher.Essa mulher era amada. Por ser amada, era reconhecida como inteira em si mesma. Por ser reconhecida, era livre para existir. Essa mulher vivia com os pés na terra e a cabeça nas nuvens, possuía todos os atributos de uma deusa. Era humana e ao mesmo tempo divina e havia algo de selvagem em seus olhos que nenhuma civilização ou religião poderiam domar.Por isso mesmo,essa mulher foi temida e, por ser temida, foi reprimida e banida do convívio dos demais. Ela foi queimada nas fogueiras da ignorância, amordaçada nas malhas da censura, presa nas correntes da indiferença. Após tantos séculos de repressão, aqueles que a haviam represado acreditavam que sua luz havia finalmente se extinguido; que sua natureza selvagem e aterradora havia desaparecido por completo. Porém, essa mulher faz parte da própria natureza, ela é a própria natureza e não pode ser aniquilada. De sua completude temos apenas resquícios mas, ela sobrevive nas histórias e nos contos de fada e no fundo da alma de todos, homens e mulheres que sentem um profundo sentimento de vazio e solidão em suas vidas. Eles escutam o chamado que vem dos ossos, das profundezas da carne. O chamado da mulher selvagem, há muito reprimida, há muito massacrada mas de nenhuma forma esquecida.
Clarissa Pinkola Estés
Clarissa Pinkola Estés
Clarice Lispector....mais....sempre.....
Todos os dias, quando acordo, vou correndo tirar a poeira da palavra "amor".
domingo, 5 de dezembro de 2010
Altar
Tem canela, coruja, fada, incenso
e um punhado de sal.
Tem açúcar, sereia, pena, taça
e uma pedra de coral.
No meu altar tem pedrinhas de rio.
Tem fita, vassoura, pó de borboleta, a Deusa Tríplice
Ai....... e quando passo por ele
Me arrepio!
sábado, 4 de dezembro de 2010
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Entre laços e fitas
Me prendi a você
Me enfeitei pra você
Me amarrei
Me errei
Me enganei
Me deixei
Te deixei
Me encontrei
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
domingo, 28 de novembro de 2010
sábado, 27 de novembro de 2010
É tudo só brincadeira e verdade...
Sendo a base do feitiço a rima
com cuidado escolho cada palavra que combina
E com a força do pensamento
modifico a energia desse momento
Se faz chuva em meu coração,
logo raia um sol de verão.
Se a lágrima insiste em cair
ao encontrar os lábios um sorriso há de surgir
Sobre a toalha de veludo encarnado
acendo o candelabro
E saúdo
o dia, a hora e a Lua
para que a magia se conclua!
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