sábado, 1 de outubro de 2011

“ E aqueles que estão desperdiçando a vida com seriedade estão sendo ingratos com a existência.
Aprenda a rir com as flores e as estrelas, e você sentirá uma estranha leveza penetrando seu ser... como se você tivesse desenvolvido asas e pudesse voar.”
Osho

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O médico perguntou:
— O que sentes?
E eu respondi:
— Sinto lonjuras, doutor. Sofro de distâncias.

(Caio Fernando Abreu)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

‎" Sou uma mulher madura
Que às vezes anda de balanço
Sou uma criança insegura
Que às vezes usa salto alto
Sou uma mulher que balança
Sou uma criança que atura "
Martha Medeiros

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

"...Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo.
Não estou aqui pra que gostem de mim.
Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho.
E pra seduzir somente o que me acrescenta.
Adoro a poesia e gosto de descascá-la até a fratura exposta da palavra.
A palavra é meu inferno e minha paz.
Não sou dramática; sou intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que me deixa exausta, mas não preciso prová-la a ninguém.
Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo.
Sei chorar toda encolhida abraçando as pernas.
Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa.
Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar...
Maria de Queiroz

terça-feira, 27 de setembro de 2011

SENTIDOS




"Pode vir com o som das ondas do mar.
Quem sabe venha do cheiro de mato
que ainda me faz delirar?
Ou do teu gosto bom que apurou meu
paladar?
Pode vir ainda das digitais que no meu
corpo você fez questão de deixar.
Sentidos que vêm com você...
chegam, se instalam dentro de mim,
para sempre ficar!"
(Déa Maia)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

É como se a verdade fosse uma tromba dágua e saísse devastando quaisquer ilusões que nutri durante todo esse tempo. Mas não percebi isto repentinamente, foi gradualmente, até o dia em que comecei a investigar porque não queria te ligar, ou ver, ou estar junto de qualquer forma e quando você me ligava eu não tinha mais assunto. Ainda existia amor, mas meu corpo estava congelado, completamente destituído de afeto. E quando eu via seu nome no meu celular, pensava: “as mesmas conversas”. E quando você me chamou pro seu apartamento, pensei: “quero um lugar com mais aconchego, prefiro minha casa.” E foi triste demais não querer ver você porque fui pega de surpresa nesse desinteresse súbito pela nossa vida. E fiquei três dias vivendo um luto imaginário como se tivéssemos terminado há três horas. Mas não era o caso. Eu não estava me despedindo de um amor, mas de uma dependência. Eu não estava rejeitando você, mas a forma como estávamos conduzindo nossa história. E adoeci, e me fragilizei ao ponto de não conseguir comer ou dormir, ou dormir a tarde toda e passar a noite tão descompensada com febres e descortinando pesadelos. E acordava triste pela minha falta de saudade. Indiferente às suas mensagens. E o seu rosto tão disforme nas minhas lembranças. E você quase sem querer perceber nada.

O que acho que aconteceu é que num processo lento, eis minha epifania: quem era eu na sua vida, na minha vida, na nossa história? O que tinha restado de mim depois de viver tão imersa e imensamente o nosso encontro? E onde eu caberia nos seus planos do “eu vou fazer, eu vou realizar, eu vou conseguir, eu vou viajar”?E o que EU imaginava pro meu futuro que não conjugava para “nós em laços”? Simplesmente eu passei a morar no teu abraço e, depois de algum tempo, seus braços me acorrentaram e eu sufoquei minha respiração no travesseiro, noite após noite para que dormíssemos juntos na posição mais confortável pra você. Nunca pensei que alguém pudesse perder a própria identidade em tantas sutilezas. Deixei minha solidão de lado pra me sentir desacompanhada por mim mesma, ao seu lado.

Ainda vivemos um namoro. Nada foi formalmente terminado. Mas um tempo de nós acabou. Uma fase menor precisa crescer. E amores grandiosos demais precisam de um mínimo de maturidade pra sobreviver.

Que assim seja!


Marla de Queiroz

domingo, 25 de setembro de 2011

Eu sou do mar,
ondas e águas,
areia e rochas,
tempestade e paz.

No mar eu me refaço,
fortaleco e curo,
ouço o canto das sereias.
Toda a vida que pulsa
no mar profundo
em inspiração eu transformo,
poesia e arte.

No mar eu encontro
essa força que não tem fim,
essa paz que não se extingue,
essa vida que brilha em mim.


Adriana Janaina