sábado, 30 de julho de 2011

Uma angústia que aperta o peito, que surge do nada e te coloca pra baixo com a facilidade de um amor perdido. Um sentimento estranho, como se as coisas estivessem saindo do controle… Controle esse que só finjo ter. Não tenho. Esse choro que insiste em sair, choro estranho, motivo que eu não consigo enxergar, tá embaçado, tá escuro… Mas não passa. Estranho como não passa e não se justifica também. Só flui, um choro calmo, ininterrupto, baixinho e sincero. E junto com as lágrimas molhando o travesseiro você sente a esperança se esvaindo, a sensatez voltando a sua forma normal, trazendo a realidade pra perto. E como dói sentir a realidade, dói sair do sonho, dói voltar pra vida. É como se eu estivesse presa numa caverna escura, abrindo os olhos para o sol pela primeira vez. Dói, fere, machuca… Mas cicatriza, passa, cedo ou tarde passa.
Maria Eliza Melo Zacarias.

Nenhum comentário: